O vinho elaborado em método Solera, em que a colheita seguinte atesta a anterior sem qualquer remoção de borra. O resultado é um Arinto dos Açores tri-dimensional com a expressão da casta, da acumulação de borra fina e da combinação de quatro colheitas. O Arinto dos Açores é uma casta autóctone e exclusiva das ilhas dos Açores, tendo em comum com o Arinto do continente apenas o nome e a boa acidez.
Castas: 100% Arinto dos Açores.
Solos: Solos de lagido e de biscoito vulcânicos formados entre 500 e 2000 anos.
Viticultura: Um terroir único no mundo, no meio do oceano Atlântico, na base da montanha vulcânica do Pico, as vinhas estão plantadas nas fendas da rocha, junto ao mar, onde se ouve o “cantar do caranguejo”, pois é aqui que há mais sol e calor. Uma proximidade de, por vezes, escassos metros que obriga à proteção da vinha por muros (currais), dos ventos fortes e salinos do Atlântico.
Vinificação: Vindima manual seletiva em cestos de 20Kg, prensagem de cacho inteiro, sem SO2 até ao final da fermentação. Transfega após 12h. Fermentação espontânea em cubas horizontais de 600-1000L.
Estágio: Em modo Solera de 4 anos.
Notas de Prova: Cor amarelo palha limpo. Aroma intenso terciário, mas ao mesmo tempo mineral. Presença de iodo, favo de mel, citrino. Ataque tenso, muito texturado, complexo, e intenso. Com mineralidade e acidez presentes.
Gastronomia: Perfil mais iodado e complexo, sem deixar de ser fresco e mineral, parceiro ideal um arroz de marisco, açorda, caldo de peixe, e caldeirada.
Conservação e Serviço: Conservar a 6ºC para ser servido a10ºC, e para ser bebido a 12ºC
Enólogo: António Maçanita