A Touriga Franca, das parcelas de vinha ao alto do Vale da Teja e a Touriga Nacional, com origem nas vinhas da Quinta Nova, situadas a cerca de 450 metros de altitude, constituem todos os anos os pilares do lote do Quinta do Vesúvio DOC Douro. A vinha da Quinta Nova foi adquirida por D. Antónia Adelaide Ferreira em meados do século XIX, a qual não poderia imaginar que estas vinhas em cota elevada se revelariam tão valiosas para os tintos da propriedade, no início do século XXI.
Castas: 51% Touriga Franca, 45% Touriga Nacional, 4% Tinta Amarela.
Notas de Prova: Sedutores aromas florais e frescos de roseira
e notas secundárias de cravinho e algum fumado da madeira, muito discreta e bem
integrada, não se sobrepondo, mas antes, em harmonia com todo o conjunto. Preenche o palato plenamente com fruto rico (amora, mirtilo e ameixa preta), bem definido e
recortado pela acidez que confere bom porte e equilíbrio ao vinho. Os taninos, bem
presentes, mas muito finos, proporcionam a imponente estrutura a que os vinhos da
Quinta do Vesúvio já nos habituaram. Compatível com dietas vegetariana e vegan.
Vinificação: As uvas no Vesúvio são colhidas no seu estado óptimo de maturação para caixas de 20Kg. A seguir a uma primeira triagem manual de cachos, segue-se um desengace suave e uma segunda escolha mecânica de bagos, para separar passas e uvas desidratadas. Os bagos ainda inteiros são suavemente esmagados durante a entrada por gravidade na cuba com atmosfera protegida, evitando-se assim oxidações indesejáveis. As fermentações são acompanhadas individualmente, de modo a que cada vinho conserve o enorme potencial enológico das uvas que lhes deram origem. Terminada a fermentação alcoólica, segue-se
uma maceração pós-fermentativa, durante a qual se promove a extração dos taninos
das grainhas, maduros e doces, que complementam os taninos extraídos das películas, permitindo o desenvolvimento de uma “boca” mais volumosa e completa, aumentando o potencial de envelhecimento do vinho. A evolução do vinho durante esta etapa é acompanhada de forma muito próxima, para que a separação e prensagem das massas fermentadas, decisão crítica para a qualidade final obtida, ocorra no momento ideal.
Estágio: O estágio foi realizado em barricas de carvalho francês de 400L e 225L (80% novas e 20% usadas) durante 14 meses.
Guarda e Consumo: Pode beber-se desde já, mas com potencial
de envelhecimento, sensivelmente até 2032.
Enólogos: Charles Symington, Pedro Correia e Hugo Almeida.