Do latim clandestinus. Às ocultas; feito às escondidas; sem ninguém saber; oculto; que é contrário às leis ou moral. Plantadas a céu aberto e em pleno coração do Dão, as uvas que dão corpo a este Clandestino têm origem distante. Feito em jeito cúmplice, por todos os que as colheram e trabalharam, este vinho revela-se fresco, guloso, enigmático e até – dizem as más línguas – imoral.
Notas de Prova: Tendo as duas castas que integram o lote fermentado em conjunto, promoveu-se desse modo uma superior integração das suas particulares qualidades. Uma das castas é conhecida pela sua intensidade cromática e aromática, a outra, bem pelo contrário, é conhecida pela cor discreta e aromas contidos e austeros, o que dá origem a um vinho com o melhor dos dois mundos. A exuberância aromática de uma, com as suas tonalidades de frutos vermelhos e pretos aparecem temperados pela finura e frescura da outra casta, com os seus suaves aromas, onde se destacam cereja preta e chocolate preto, pimenta e uma refrescante mineralidade. A elegância e a harmonia são duas características marcantes, que surgem evidentes na boca, onde a frescura e a qualidade dos suaves taninos contribuem para um todo, reconhecidamente clandestino nesta região, mas a dever-lhe a identidade!
Harmonização: Bacalhau assado, polvo à lagareiro, rosbife, carne de porco à Alentejana. Deve ser servido a uma temperatura entre os 14 a 16ºC.
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